sábado, 29 de março de 2014


URBANIZAÇÃO



Na impossibilidade de definição única, propõem-se as seguintes:

·sentido amplo ou corrente: é o processo de passagem da população do meio rural para o urbano; é o ato de dotar uma área com infra-estrutura( o conjunto de atividades e estruturas da economia de um país que servem de base para o desenvolvimento de outras atividades. Por exemplo, para que as empresas de um país possam exportar são necessários portos e aeroportos (elementos da Infraestrutura de um país) e equipamentos urbanos;

·sentido técnico: é o aumento percentual da população urbana em relação à população rural.



Crescimento urbano por regiões é em nível nacional


Veja a seguir como ficou a taxa de urbanização do Brasil no último censo demográfico de 201o, divulgado pelo IBGE:



PRINCIPAIS CONCEITOS EM URBANIZAÇÃO

Rede Urbana

Rede urbana é o sistema hierarquizado de cidades, dependendo todas elas de um centro maior, que comanda o espaço por ele polarizado. São interligadas pelas mesmas vias de comunicação, transportes etc. Representa a projeção física, no espaço, da hierarquia e da dinâmica existente entre as cidades.

A rede urbana brasileira, no estágio em que se encontra atualmente, pode assim se caracterizar:

·     é pouco desenvolvida e apresenta fortes disparidades regionais (muito concentrada no Sudeste);
·     é pouco densa (número de cidades por área) e marcada por acentuadas descontinuidades espaciais (existência de vazios urbanos);
·     são fracas as relações entre os centros urbanos (comunicação, transportes, trocas comerciais etc.);
·     é fraca a organização hierárquica, ou seja, nem sempre se encontram os diferentes níveis hierárquicos (metrópoles, centros regionais, centros locais etc.).

Hierarquia Urbana

         Sabemos que algumas cidades pelas suas características econômicas, populacionais e tecnológicas tornam-se centros de atração para outras cidades. Ou seja, polarizam algumas regiões em escala local, regional e global. Normalmente uma cidade mais populosa exerce influência sobre as menores, essas tornam-se centros de atração.

       É importantes destacarmos que a tecnologia possibilita o aumento dos  fluxos citados anteriormente e é um dos principais elos entre a rede urbana e a hierarquia urbana. Dentro de uma rede urbana há uma hierarquia urbana, onde algumas cidades, devido principalmente a capacidade populacional -econômica - tecnologia exercem influência sobre outras.

"A rede urbana é formada pelo sistema de cidades, no território de cada país interligadas umas às outras através dos sistemas de transportes e de comunicações, pelos quais fluem pessoas, mercadorias, informações etc. Obviamente as redes urbanas dos países desenvolvidos são mais densas e articuladas, pois tais países apresentam alto nível de industrialização e de urbanização, economias diversificadas e dinâmicas, vigoroso mercado interno e alta capacidade de consumo. Quanto mais complexa a economia de um país ou de uma região, maior é a sua taxa de urbanização e a quantidade de cidades, mais densa é a sua rede urbana e, portanto, maiores são os fluxos que as interligam. As redes urbanas de muitos países subdesenvolvidos, particularmente daqueles de baixo nível de industrialização e urbanização, são muito desarticuladas, por isso as cidades estão dispersas no território, muitas vezes nem mesmo formando propriamente uma rede."( http://www.frigoletto.com.br/GeoUrb/rede.htm )


Conurbação

Conurbação é o processo de sobreposição física e socioeconômica dos espaços de duas ou mais cidades. Tal processo de encontro entre cidades decorre do crescimento horizontal das cidades, individualmente, isto é, do “macrocefalismo”.




Metrópole

Metrópole é a principal cidade de um país (metrópole nacional) ou de uma grande região (metrópole regional) por possuir os melhores serviços de infra-estrutura e os melhores equipamentos urbanos.

Megalópole

Megalópole é uma vasta área urbanizada, resultante da conurbação de duas ou mais metrópoles. No Brasil, ainda está em processo de formação entre Rio e São Paulo.



Habitat  urbano

Esse é o modo de ocupação do espaço em área urbana, isto é, na cidade. Estabelece o sítio, a situação, a função e a origem.
Hierarquia urbana
A hierarquia urbana expressa-se pela rede urbana que polariza as demais cidades.

Macrocefalia urbana:

Consiste nocrescimento desordenado do espaço urbano associado ao elevado crescimento populacional que ocorre em taxa acima da de criação de Infraestrutura urbana. Trata-se de um fenômeno típico das regiões metropolitanas de países emergentes.
Como consequência deteriora-se rapidamente as estruturas de transportes, saneamento básico, saúde, educação, emprego; e aumentam o subemprego, a Informalidade da economia, a criminalidade, violência e favelização da população de baixa renda.


Megacidades:

São aquelas que possuem 10 milhões de habitantes ou mais. Exemplos: Nova Iorque, México, Mumbai, São Paulo, Lagos, Changai e outras.


 

Hipertrofia do terciário:
    
       Consiste no processo de informalização da economia ,onde pessoas sem qualificação, viram-se forçados a aceitar empregos no setor terciário, semiqualificados ou sem qualificação.Ex: vendedores ambulantes, vigias de carro, lavadores de carros etc.


 



Centrifugação Urbana:

Problemas ligados ao congestionamento e problemas no interior das cidades/centros urbanos , leva a um processo de desconcentração
urbana, originando a suburbanização.( periferização)

Espaços Luminosos:

Para Milton Santos, são as cidades dos ricos

Espaços Opacos:

Segundo Milton Santos, correspondem as cidades dos mais pobres

Enclaves Fortificados:

         Os enclaves fortificados são espaços privatizados, fechados e monitorados para residência, consumo, lazer ou trabalho.Nas últimas décadas, a proliferação de enclaves fortificados vem criando um novo modelo de segregação espacial e transformando a qualidade da vida pública em muitas cidades ao redor do mundo.

               A ampliação da exclusão social acentuou as desigualdades e levou grandes parcelas da população à marginalização socioeconômica, favorecendo a disseminação da violência e aos encvlaves surgem como uma medida paliativa de proteção.Com isso, a disseminação dos enclaves fortificados causou o aumento dos contrastes entre os diferentes segmentos da população e a ampliação da discriminação social. 
             As grades nos prédios e a privatização dos espaços públicos passou a ser uma modalidade cada vez mais corriqueira nas cidades brasileiras. Nesse sentido, surgem os condomínios fechados.
 Crescimento vertical e horizontal das cidades:

            O crescimento vertical diz respeito ao aumento dos prédios nas cidades e o crescimento horizontal refere-se ao processo de centrifugação urbana.


Classificação das cidades

Quanto à origem, as cidades podem ser espontâneas ou planejadas.

Espontâneas

A maioria das cidades brasileiras surgiu espontaneamente por meio das seguintes atividades: missões jesuíticas, aldeamento indígena, fortificações militares, mineração, entroncamento de ferrovias e rodovias, pouso de tropeiros, loteamentos, arraiais, engenhos, currais etc.

Planejadas

São poucas as cidades planejadas (Brasília, Goiânia, Belo Horizonte, Aracaju, Teresina e Palmas).
As cidades podem também ser classificadas quanto à função urbana, quanto ao sítio urbano e quanto à situação urbana.

 

 

 

Alguns dos principais Problemas sociais e urbanos


O crescimento industrial não basta para absorver todas as pessoas aptas para o trabalho que nascem nas cidades ou a elas afluem. Da mesma maneira, a urbanização não é acompanhada de crescimento equivalente dos serviços necessários à vida da população. Devido a isso, nos grandes centros urbanos do Terceiro Mundo, detectam-se facilmente vários problemas, se observarmos o caso do Brasil.

Subemprego e desemprego

Milhares de pessoas trabalham em situação de subemprego, como engraxates, vendedores ambulantes, biscateiros etc. Dezenas ou centenas de milhares de empregados constituem, com os subempregados, o exército de reserva que os donos dos meios de produção eventualmente empregam (nos períodos de boom econômico). Devido a esse grande número de pessoas que procura emprego, o poder de barganha dos empregados permanece baixo, fazendo os salários estacionarem ou até achatarem.
Observação:

·     Uma pessoa pode exercer atividade considerada subemprego mesmo que nunca tenha sido empregado.

Moradia

Segundo dados de 1990 da Secretaria de Planejamento do município de São Paulo, havia cerca de 1 milhão de pessoas morando em favelas, 3 milhões em cortiços e 1,3 milhão em casas precárias. Os “sem-teto”, que dormem nas ruas, chegavam à cifra dos 65 mil em 1992, segundo levantamento da Secretaria do Trabalho e Promoção Social da capital.
Infra-estrutura urbana
Segundo o IBGE, em 1980, apenas 39% dos domicílios urbanos do País ligavam-se à rede de esgotos (dados não especificados no censo de 1991); 76% à rede de água (contra 90,6% em 1991) e 88% à de energia elétrica (97,6% em 1991).

Violência urbana

O número de assaltos, assassinatos e estupros é muito grande nas principais cidades. Outros tipos de violência acontecem no trânsito: agressividade dos condutores de veículos entre si e com o pedestre. O Brasil mata por ano, no trânsito, mais pessoas do que os soldados mortos na guerra do Vietnã. Atualmente, verifica-se nova ordem referente à violência no trânsito, com a aprovação do novo Código de Trânsito (setembro de 1997). Muitas cidades estão apelando para os recursos eletrônicos, como barreiras, radares etc. O caso pioneiro, na prática, foi o de Brasília.

Má qualidade dos serviços públicos

Há deficiências nas áreas de saúde, ensino, transportes, comunicações etc., que atingem todas as camadas sociais, mas a maior vítima é a população carente, a maioria do povo brasileiro. Em muitos casos, o tempo que o trabalhador leva para deslocar-se de onde mora até o local de trabalho e vice-versa retira-lhe horas de lazer e de convivência social e familiar. Isso leva ao estresse, que muitas vezes resulta em alta criminalidade, violência familiar, etc.

Poluição ambiental no meio urbano

Com o desenvolvimento e o crescimento dos centros urbanos, na maioria das vezes, não ocorrem de maneira planejada, ocasionando vários transtornos para quem os habita. Alguns desses problemas são de grandeza ambiental e atrapalham as atividades da vida humana nesses locais. A seguir irei elencar alguns desse problemas urbanos mis comuns::

Poluição do atmosférica:

Essa forma de poluição é causada pela emissão de gases poluentes no ar, como monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2), dióxido de enxofre (SO2), entre outros, causando problemas para a saúde e para o meio ambiente.Esses gases poluentes são produzidos pelas indústrias e automóveis. Sua concentração na atmosfera causa um fenômeno conhecido como smog, que é uma fumaça ou neblina poluente localizada na superfície das cidades e que pode causar doenças respiratórias.

Poluição das águas:

É cada vez mais preocupante a situação dos rios e córregos nas regiões urbanas , pois a poluição das águas afeta diretamente a saúde da população. Uma grande quantidade de lixo e esgoto é jogada nos rios, em razão da irresponsabilidade das pessoas, da falta de coleta de lixo e tratamento de esgoto.

Ilha de calor:

Consiste no aumento da temperatura em determinadas partes de uma cidade, na qual a região com maior concentração predial, asfalto, vidros e concreto tem maior temperatura; enquanto que em outra parte da cidade, que tem mais áreas verdes, a temperatura é menor, com variações de até 10° C no mesmo dia.

Inversão térmica:

É um fenômeno natural que associado a poluição atmosférica impede a troca normal de temperatura do ar na superfície, ou seja, o ar frio e pesado (por causa das partículas da poluição) fica em baixo e o ar quente e mais leve fica em cima. O resultado dessa poluição chama-se SMOG( fog =smoke)

Efeito estufa:

Consiste em um fenômeno causado pelo aumento da temperatura no planeta em virtude dos gases poluentes emitidos pelas cidades. A camada poluente impede que o calor da atmosfera se dissipe. É chamado de estufa, pois o planeta mantém a temperatura aquecida.

Erosão:

        Causada pelo uso e pela ocupação irregular de áreas de preservação ambiental nas grandes cidades, como encostas, margens de rios, excesso de peso das edificações, compactação do solo, etc.

Chuva ácida:

É originada pela poluição do ar, em que os gases poluentes reagem com a água da umidade do ar, ocasionando chuvas com presença de componentes ácidos e prejudicando plantações, edificações, automóveis e o ser humano.

Enchentes e desmoronamento:

Estão associadas as chuvas nas cidades podem causar enchentes e desmoronamentos, destruindo edificações e matando pessoas, em razão da ocupação irregular, pois as águas das chuvas não têm para onde escoar.

Falta de áreas verdes:

É resultante do desmatamento em áreas urbanas que pode causar aumento da temperatura e agrava a poluição do ar.

Poluição visual e sonora:

Consiste no uso abusivo de propagandas, com out door´s, letreiros, pichações  etc ;o barulho alto dos grandes centros podem causar transtornos psicológicos na sociedade e o excesso de luzes..

ALGUMAS MEDIDAS IMPORTANTES PARA DEBELAR ESSES PROBLEMAS

. Diminuir o abate progressivo de árvores e tentar reflorestar as áreas que se encontram destruídas pelo Homem;
. Utilizar transportes coletivos ou não poluentes;
. Utilizar energias alternativas como a energia eólica;
. Limpar as matas de modo a tentar evitar incêndios de grandes dimensões;
. Controlar a emissão de gases por parte das indústrias (instalação de filtros);
. Reduzir a queima de resíduos urbanos, industriais, agrícolas e florestais tais como explosivos, resinas, tintas, plásticos e pneus;





PROF KLÉBER




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sábado, 8 de março de 2014

SOMOS MAIS DE 200 MILHÕES DE HABITANTES NO BRASIL

-Somos mais de 200 milhões de habitantes no Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.


 -Segundo estudos feitos pelo IBGE, a  população  de nosso país irá chegar no seu ponto máximo de crescimento em 2042, quando chegará a 228,4 milhões de habitantes, e a partir de então vai começar a diminuir.


-Além disso, a queda da taxa de natalidade e o aumento da expectativa de vida vai triplicar o índice de idosos no país, fazendo com que em 2060 o Brasil tenha dois habitantes com mais de 65 anos para cada criança.


-O IBGE estima que a população atual é de 201.032.714 habitantes,e ainda irá aumentar para  212,1 milhões em 2020, até alcançar o máximo de 228,4 em 2042.

-Estudos feitos pelo IBGE, indicam que a partir de 2042 nossa população começará a decrescer, atingindo o valor de 218,2 em 2060, nível equivalente ao projetado para 2025.

-Brasil encolherá quase uma cidade de São Paulo entre 2042 e 2060, diz IBGE.Dados divulgados nesta quinta-feira (29/8/2013) mostram que, de 2042, quando o contingente populacional atingirá seu ápice, com 228 milhões de pessoas, até 2060, ano em que haverá 218,1 milhões de habitantes no Brasil, o país perderá 10,1 milhões de habitantes. O número chega próximo à perda de uma cidade de São Paulo. Segundo o Censo de 2010, a capital paulista tem 11,2 milhões de habitantes.




-Tomando por base estes estudos , as mulheres brasileiras terão cada vez menos filhos, e serão mães pela primeira vez cada vez mais velhas.


-Em 2013, a média é que cada mulher tem 1,77 filho, tendo sido projetado para 1,61 filho em média por mulher em 2020 até atingir 1,5 filho em média por mulher em 2030.



-O IBGE destaca que a  média de idade das "mães de primeira viagem" atualmente é de 26,9 anos e este índice atingirá 28 anos em 2020 e 29,3 anos em 2030.

-O número de idosos na atualidade é de 7,4% da população brasileira. Em 2060, eles serão 26,7%. Serão dois idosos para cada criança.


-Temos que chamar a atenção para um fato muito importante, que é o envelhecimento populacional que irá afetar diretamente setores como os da saúde pública e previdência privada.

-Segundo estudo feito pelo IBGE nossa esperança/expectativa de vida ao nascer vai aumentar. Em 2013, o bebê nasce com expectativa de viver 71,2 anos se for menino e 74,8 anos se for menina.

 
-No ano de 2060, estes valores serão 77,8 para homens e 81 anos para as mulheres, configurando um ganho de 6,6 anos médios de vida para os homens e 6,2 anos para as mulheres.


-A esperança de vida ao nascer deve atingir os 80,0 anos em 2041, chegando a 81,2 anos em 2060.

-Já entre as unidades da Federação, a esperança de vida em Santa Catarina deve alcançar os 80,2 anos já em 2020. Nesse mesmo ano, o Maranhão deve ser o estado com esperança de vida mais baixa (71,7 anos), mas deve chegar a 74,0 anos em 2030 e, assim, ultrapassar Rondônia e Piauí, que estarão com esperanças de vida em 73,8 e 73,4 anos, respectivamente.

-Bahia deve ter maior saldo migratório negativo e Santa Catarina, o maior saldo positivo. A tendência dos volumes migratórios é de redução, em termos de saldo migratório (entrada de imigrantes menos a saída de emigrantes), a projeção indica que, em 2020 e 2030, a Bahia deve ter o saldo migratório com os maiores valores negativos, -46,6 mil e -39,3 mil, respectivamente.

-Nos mesmos anos, Maranhão, Rio Grande do Sul, Ceará, Alagoas, Piauí e Pernambuco também terão saldos migratórios negativos ainda expressivos, acima de 10 mil emigrantes.

-Já as unidades da Federação que devem ter os maiores saldos positivos, acima de 10 mil imigrantes, nos dois anos são Santa Catarina, São Paulo, Goiás, Distrito Federal e Espírito Santo. Santa Catarina deve se manter na liderança, com um saldo de 37,1 mil imigrantes s em 2020 e 34,3 mil em 2030.

-De acordo com as projeções para a migração internacional, o percentual de pessoas que sairá do país vai aumentar até 2020, quando atingirá 0,001 da população. A partir de então, a taxa vai cair até 2035, quando o percentual será o mais baixo desde o ano 2000, em torno de 0,0002.

 


Prof. Kléber


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POPULAÇÃO BRASILEIRA : UMA ANÁLISE GERAL


A população brasileira vem passando por grandes mudanças, principalmente a partir do final do século XIX.Observe o gráfico do crescimento demográfico brasileiro, tomando por base o primeiro censo oficial em 1872 até o censo 2010.





-No século XX, nossa população multiplicou por dez, uma  vez que em 1900 residiam no Brasil cerca de 17 milhões de pessoas e tomando por base o censo 2000 , já éramos quase 170 milhões.

- Desde o primeiro censo (1872) ocorreram várias mudanças no padrão da evolução demográfica brasileira.

-Nas três primeiras décadas do século passado,ou seja, até o início da década de 1930 o crescimento da população do Brasil contou com forte contribuição da imigração.

- A partir de 1934, com a adoção da "Lei de Cotas" que estabelecia limites à entrada de imigrantes,o aumento da população dependeu, principalmente,do crescimento vegetativo(CV)

OBS: CV : Consiste na diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade.
                        
 C.V. = TN(taxa de natalidade) – TM(taxa de mortalidade)



-A partir do final da  Segunda Guerra Mundial nosso  crescimento tornou-se acelerado, devido à diminuição das taxas de mortalidade.

-Essa situação pode ser explicada por vários fatores, onde podemos destacar a expansão da rede de esgoto, acesso à água encanada, campanhas de vacinação em massa, acesso a medicamentos básicos, etc.No período entre 1940 a 1960 foi registrada a maior evolução das taxas de crescimento populacional, atingindo em 1960 a taxa de 2,9% a.a. (ao ano - ou 29%0 a.a.). 

-Este período marcou a primeira fase de transição demográfica brasileira.

-A partir da década de 1960, teve início um processo de desaceleração demográfica contínua, ou seja, a diminuição das taxas de natalidade passou a ser maior que a das taxas de mortalidade, registrando em 2000 um crescimento demográfico de 1,6% a.a., com tendência à queda.

- Essa nova mudança no padrão do crescimento populacional brasileiro mostra uma situação típica da segunda fase de transição demográfica.

 


-Fica evidente, pelo gráfico anterior, que está ocorrendo uma mudança de grandes proporções na demografia brasileira, a transição demográfica, que terá implicações significativas para as políticas públicas no Brasil.



-Na figura anterior, podemos inferir que a população de jovens, que vinha crescendo há muito tempo, atingiu seu ponto mais elevado em 2007, ficará estável por mais 20 anos ao nível de 87 milhões de jovens e passará a declinar partir de 2027.Também podemos observar que a população de adultos continuará crescendo a taxas elevadas (mas decrescentes) por mais 40 anos, quando então se estabilizará.Por fim, observa-se também que a população de idosos aumentará a taxas crescentes, chegando a 49 milhões de pessoas em 2050.



-Essa situação leva a inúmeras consequências, onde podemos dar destaque:





Em primeiro lugar, a transição demográfica alterará a composição do gasto público, por exemplo na educação, onde o Brasil tem tido dificuldades para aumentar o gasto por aluno, pois, além da população jovem ter crescido rapidamente desde sempre, a proporção de jovens que frequenta a escola também passou a crescer a partir do início da década de 90.A partir de agora, o tamanho da população jovem parou e o número de crianças está diminuindo, o que significa que, mesmo se o Brasil continuar gastando a mesma porcentagem do PIB com educação, os gastos reais por aluno devem aumentar sem necessidade de esforço adicional.




Outro ponto a se destacar são os gastos com políticas de distribuição de renda, onde os gastos totais com programas de transferência de renda, como o Bolsa Família,Minha Casa, Minha Vida  tenderão a diminuir ao longo do tempo, mesmo se o valor de cada bolsa permanecer constante em termos reais, pois dependem do número de famílias com crianças.







Outro ponto importante é que a expectativa de vida da população tende a continuar crescendo, os gastos públicos com saúde terão que ser redirecionados de setores como a pediatria, vacinação e acompanhamento pré-natal para as doenças associadas ao envelhecimento. As implicações disto para a regulação do setor de seguros na área de saúde não são nada desprezíveis nesse novo contexto.




Há de se dar destaque também o fato de que a criminalidade e a taxa de homicídios também tendem a parar de crescer no curto prazo e começar a declinar, juntamente com a população jovem, a partir do final da década de 2020 do século XXI.Muitos estudos mostram que os episódios de homicídios e mortes violentas concentram-se entre os mais jovens. A queda na criminalidade, por sua vez, tenderá a provocar uma menor pressão sobre os gastos públicos com segurança e nos gastos privados com empresas de segurança e seguros contra roubos e furtos.




Pelos dados mais recentes divulgados pelo censo de 2010, fica evidente que a mulher brasileira tem em média 1,9 filhos, que é a nossa taxa de fecundidade. Isto significa que o Brasil já atingiu o chamado nível de reposição, ou seja, se esta taxa permanecer constante no futuro próximo, a população brasileira parará de crescer a partir de meados deste século. 




Com esses dados fica evidenciado a rapidez da transição demográfica que está ocorrendo no Brasil. Em pouco tempo, vamos passar de um país jovem para um país com crescimento populacional zero, que terá que sustentar uma população crescente de idosos através de uma população adulta cada vez menor. Este é o problema que alguns países europeus estão enfrentando no momento. O que mais preocupa é que essa taxa de fecundidade deverá cair ainda mais, graças ao avanço educacional que tem ocorrido nos últimos anos.



Tudo isso interfere na Taxa de Fecundidade(o número médio de filhos por mulher depende muito do seu nível educacional. As mulheres com menos de três anos de escolaridade média têm em média 3,3 filhos, enquanto as mais escolarizadas (com pelo menos o ensino médio) têm apenas 1,6 filho.Esta diferença provoca uma diminuição da renda per capita e do bem-estar das famílias mais pobres, logo a redução da taxa de fecundidade que ainda continua a ocorrer nestas famílias ,quando é de livre arbítrio, é sempre muito bem-vinda.



Por fim,quero ressaltar que à rápida diminuição na proporção de mulheres menos escolarizadas, significa que a taxa de fecundidade cairá abaixo do nível de reposição mais cedo do que possamos imaginar. Sendo assim,em breve nós teremos que incentivar a migração para o Brasil para suprir a falta de mão-de-obra necessária para produzir bens e para sustentar as crianças e os idosos, como muitos países ricos europeus já estão fazendo hoje em dia.




PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO BRASILEIRA:

-Nosso país vem passando por profundas mudanças na sua composição demográfica, onde podemos destacar:

-Queda da taxa de fecundidade(média de número de filhos por mulher em idade de procriar, entre 15 a 49 anos):  esse é um dos principais fatores para a queda das taxas de crescimento populacional no Brasil, que caiu de 6,3 filhos, em 1960, para 2,0 filhos, em 2006, e 1,8 filhos,em 2008,sendo que no último censo demográfico de 2010 ocorreu um pequeno aumento passando para 1,9 filhos por mulher. Esta nova situação comparada as décadas anteriores nos mostra que as famílias brasileiras estão diminuindo.



-Mesmo com o crescimento cada vez mais lento, a população brasileira deverá chegou a mais de 192 milhões de habitantes no final de 2010 e em 2012 beirava os 194 milhões de habitantes, sendo que o número de brasileiros mais que dobrou em 35 anos, uma vez que em 1970 havia 90 milhões de pessoas no país. Apenas nos últimos cinco anos - 2000 e 2005 - cerca 15 milhões de habitantes foram acrescentados ao país.


-É importante destacarmos que a intensa urbanização brasileira, principalmente a partir da década de 1960, foi uma das principais responsáveis pela redução das taxas de fecundidade e a conseqüente queda das taxas de crescimento demográfico.


-O acesso a informação e aos métodos de contra-concepção são maiores e foi justamente a partir deste período que a pílula anticoncepcional passou a ser difundida na sociedade brasileira.



A presença cada vez maior de mulheres chefes de família , que engrossaram o mercado de trabalho urbano também é um fator relevante para esta nova situação demográfica nacional.


-Cada vez mais as famílias passaram a dispor de menos tempo para se dedicar aos filhos e na cidade as despesas com a criação e formação da criança são maiores que no meio rural, constituindo um fator inibidor para a formação de famílias numerosas. 



-Segundo o IBGE, nossa população estava  assim composta por grupos étnicos( 2000):


             Pardos:------------------------42,6%
                       Brancos:----------------------49,7%

             Negros:------------------------06,9%

             Indígenas:--------------------00,3%

             Amarelos:---------------------00,5%


ESTRUTURAS DEMOGRÁFICAS DO BRASIL:

I-ETÁRIA:

A pirâmide etária brasileira tem se modificado a cada década. Sua forma revela uma situação intermediária entre as duas primeiras pirâmides apresentadas, de acordo com as alterações recentes ocorridas do padrão demográfico brasileiro. Observe estas mudanças através da sobreposição das pirâmides de 1980 a 2000.



-Perceba que Até o início dos anos 80, a estrutura etária da população brasileira, revelada pelos Censos Demográficos, vinha mostrando traços bem marcados de uma população predominantemente jovem, porém, com a generalização das práticas anticonceptivas durante os anos 80 do século passado, resultou no declínio da natalidade, o que se refletiu no estreitamento da base da pirâmide etária e na redução do contingente de jovens: compare na pirâmide abaixo, os dados para 1980, 1991 e 2000.

II-ECONÔMICA:

Setor Primário:


É  responsável pela produção de matérias primas, como a agricultura, a pecuária, a pesca e o extrativismo mineral.No Brasil, o Setor Primário começa a desenvolver nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste grandes regiões de  plantações de soja, milho e cana-de-açúcar , utilizando cada vez mais  maquinas, porém, a agropecuária de subsistência ainda é bastante observada. Nas regiões Norte e Nordeste, ainda há o predomínio de agricultura de subsistência, para baixos índices de produção e, muitas vezes, com altos níveis de desperdício de alimentos na hora da comercialização.

Setor Secundário:







Este setor inclui os setores da economia que transformam produtos, como indústrias e construção civil. No Brasil, o Setor Secundário foi iniciado tardiamente  e somente após a Segunda Guerra é que foram feitos os primeiros esforços para a substituição das importações. A partir da Ditadura, o Brasil passa pelo ” Milagre econômico ” ,no qual foram feitos grandes investimentos em infra-estrutura. A partir da década de 1980, por causa de sucessivas recessões, esse setor passou a perder  participação no PIB para o Setor de serviços.

Setor Terciário:

O Setor terciário engloba as atividades de serviços e comércio de produtos. O Setor Terciário envolve as provisões de serviços tanto para outros negócios como para consumidores finais. Estes podem estar envolvidos como transportes, vendas e distribuição de bens dos produtores aos consumidores; podem ser também de outros serviços não-ligados diretamente ao produto final, como controle de pragas e entretenimento.Este setor é bastante desenvolvido em nosso país , apesar de apresentar uma grande parcela de hipertrofia do terciário.

MIGRAÇÕES POPULACIONAIS

-Nosso país apresentou desde o seu descobrimento inúmeros movimentos migratórios.Durante os diversos “ciclos”econômicos brasileiros, inúmeras migrações foram verificadas.

-É importante destacarmos que a maior parte de nossas migrações estão relacionadas as questões de caráter econômico.

-Veja a seguir alguns dos principais fluxos migratórios do século XIX ao século XX




PRINCIPAIS TIPOS DE MIGRAÇÕES EM NOSSO PAÍS: 


I- INTERNAS


-Nossas migrações internas sempre foram muito intensas, como por exemplo a de habitantes do Nordeste que migraram em massa para o Centro-sul do Brasil com o declínio da cana de açúcar e o desenvolvimento da mineração, ou a de nordestinos que migraram para a Amazônia no chamado "Boom da borracha" no final do século XlX.

-Com a forte industrialização nas décadas de 1960 e 1970, passamos a viver de forma mais intensa migrações internas no território nacional, como a de nordestinos em direção das grandes metrópoles brasileiras, Rio e São Paulo, e o intenso êxodo rural, que fez o Brasil se tornar um país predominantemente urbano em um espaço de menos de três décadas.

-Na década de 1970 os fluxos migratórios se direcionaram para a Amazônia, fruto da política de ocupação do território nacional imposta pelos militares, chamada "integrar para não entregar".



-Hoje em dia , as antigas metrópoles industriais não são mais os locais preferidos por migrantes, por conta do processo de desconcentração industrial, novas áreas do país passam a ser pólo de atração desses cidadãos, como o interior de S. Paulo, do Paraná, etc.

-É claro que as migrações continuam a ser muito comuns no Brasil, tanto do campo para a cidade, assim como as urbano-urbano.

-Em nossas grandes metrópoles as migrações pendulares, assim como a migração sazonal em regiões como o Nordeste ainda são muito comuns.


-Entenda as principais migrações internas em nosso país:


-Êxodo rural: 


Deslocamento de pessoas do meio rural para o meio urbano. Ocorre principalmente nos países subdesenvolvidos e sobretudo naqueles que experimentam um processo rápido de industrialização.Muitos podem ser  os motivos para o êxodo rural, tais como conflitos no campo;fatores climáticos, deficiências de infraestruturas; busca de melhoria de vida.O êxodo rural gera um processo de urbanização.   


-Êxodo Urbano: 

O movimento populacional ocorre da área urbana para a área rural. Este tipo de migração não é muito comum, todavia, devido à violência, poluição e outros problemas dos grandes centros urbanos, a migração para estas áreas rurais tende a crescer (em busca de melhor qualidade de vida).

-Transumância





É um tipo de migração periódica (sazonal) e reversível (ida e volta) determinada pelo clima.É típico em regiões montanhosas, envolvendo pastores que durante o inverno trazem suas , ovelhas para a base da montanha e no verão vão para as áreas mais elevadas, devido o calor.No Brasil podemos destacar como exemplo quando,normalmente, em março para de chover no sertão, os pequenos e médios proprietários são obrigados a migrar para o Agreste ou para a Zona da Mata, em busca de uma ocupação que lhes permita sobreviver até dezembro, quando volta a chover no sertão e eles retornam as suas propriedades.Outro exemplo comum é o movimento praticado pelos bóias-frias volantes, que não possuem residência fixa. O trabalho volante é temporário, só ocorre durante o período do plantio da colheita. Tal situação obriga os trabalhadores a migrar de cidade em cidade atrás de serviço.

-Migração intra-regional: ocorre dentro da mesma região.Exemplo: Migração da área rural para os centros urbanos, em busca de melhores condições de vida.


-Pendular: é um deslocamento diário/urbano, da preferia pra o centro e do centro para a periferia, sendo realizado em um período de tempo curto.


-Migração urbano-urbano: ocorre com a transferência de indivíduos de uma cidade para outra.


II- EXTERNAS

-Em nosso país os movimentos migratórios sempre foram muito intensos, as primeiras migrações podem ser consideradas as feitas pelos europeus, e negros africanos que foram forçados a virem no Brasil.

-Durante séculos inúmeros grupos de estrangeiros vieram para o Brasil. Tivemos muitas migrações de importância fundamental para o país, como por exemplo a dos migrantes italianos e alemães no século XlX, assim como de espanhóis, eslavos, japoneses, árabes, portugueses, dentre outros.
  
-Durante séculos o Brasil foi um país que tinha um grande processo de crescimento demográfico associado, principalmente , a entrada de imigrantes. Até meados do século XX, nosso país era tipicamente voltado a imigração.A  partir da 2ª Guerra Mundial, passa a haver uma inversão nos fluxos, de imigratório o país torna-se de emigração.

-Atualmente, são milhões os brasileiros que vivem fora, principalmente em países como os EUA, Japão, Espanha, Portugal,Austrália etc.

-Os principais motivos que contribuem para que muitos brasileiros migrem para o exterior são de ordem sócio econômica, ou seja, a imensa maioria dos brasileiros que daqui saem vão em busca de melhores condições de vida, emprego, salários em outros países.

-É importante que não nos esqueçamos que na maioria das vezes os brasileiros que vão se aventurar no exterior não são bem recebidos onde chegam, e passam a ocupar em geral os postos de trabalho relegados pelas populações dos países para onde imigraram.

-Outro fenômeno a ser salientado é a fuga de cérebros.Nesse caso, atraídos pela escassez de oportunidades de trabalho para mão-de-obra bem qualificada, brasileiros com alto nível de instrução estão, cada vez mais, migrando para Europa e América do Norte.

-Para que possamos ter uma ideia, de 1996 a 2006, o número de brasileiros que receberam visto dos Estados Unidos, dado somente a profissionais de alta qualificação, aumentou 185%., ao passo que de 1990 a 2000, quase dobrou – de 1,7% para 3,3% – a proporção de brasileiros com nível superior vivendo nos 30 países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne, na maioria, nações ricas da Europa, Ásia e América do Norte.

Entenda as principais migrações externas :

Emigração: quando o movimento é de saída de um determinado país.Sendo assim, quando alguém deixa o local de origem (a pátria) com intenção de se estabelecer em um país estranho, ele é denominado na sua pátria por emigrante.

Imigração: quando o movimento é de entrada em um determinado país.Portanto, a imigração é o fenômeno protagonizado pelo mesmo indivíduo, mas visto pela perspectiva do país que o acolhe. Ou seja, é a entrada de quem vem do exterior para fins de trabalho e/ou residência, passando a ser denominado por imigrante.









Professor Kléber.









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